União das Freguesias de Ermida e Figueiredo

Caracterização:

A União das Freguesias de Ermida e Figueiredo, no concelho da Sertã, distrito de Castelo Branco, foi criada aquando da reorganização administrativa de 2012/2013, pela Lei 11-A/2013 de 28 de janeiro, resultando da agregação das antigas freguesias de Ermida e Figueiredo. Estende-se por uma área de cerca de 42,74 quilometros quadrados e conta com 338 habitantes (Censos 2021), dos quais 182 mulheres e 156 homens. Geograficamente situada no centro do país, integrando a Unidade Territorial do Pinhal Interior Sul, a União das Freguesias de Ermida e Figueiredo é constituída por cerca de 27 lugares, fazendo fronteira a Norte/Noroeste com a freguesia do Troviscal, a Nordeste com a freguesia da Isna (Oleiros), a Este/Sudeste com a freguesia de Proença-a-Nova, a Sul/Sudoeste com a freguesia da Várzea dos Cavaleiros e a Oeste com a freguesia da Sertã.

Ermida, situa-se a cerca de 20 quilómetros da sede do concelho da Sertã, junto à margem direita da ribeira de Isna, afluente do rio Zêzere, e não muito distante da Serra de Alvelos, também conhecida por Picoto Rainho ou Cabeço da Rainha. O seu orago é Nossa Senhora da Esperança.

Figueiredo dista da sede concelhia cerca de 16km, junto à margem esquerda da ribeira Grande, afluente do rio Zêzere. Tem por orago São João Batista e a romaria em sua honra realiza-se anualmente no último fim de semana de julho, habitualmente.

Armas - Escudo de prata com pinheiro arrancado de verde, frutado de vermelho, sangrando de ouro para duas tijelas de vermelho; em chefe um perfil linear de cabra montês de negro, entre duas folhas de figueira de verde; em campanha folha de figueira de verde. Coroa mural de prata de três torres. Listel de prata ondulado com a legenda em letras negras maiúsculas “UNIÃO DAS FREGUESIAS DE ERMIDA E FIGUEIREDO “.

Segundo o parecer da Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses de 16/09/2014; Estabelecida em reunião de Assembleia de Freguesia, em 14/12/2014; Publicada no Diário da República, 2.ª Série, Parte H de 11/02/2015; Registado na Direção Geral de Autarquias Locais, com o n.º 012/2015.

Bandeira - De verde. Cordões e borlas de prata e verde. Haste e lança de ouro.

  • Origens:

A antiguidade do povoamento do território de Ermida perde-se nos tempos; sabe-se, contudo, que era povoada na época do domínio romano, sendo esta presença atestada pela existência de vestígios de obras desse povo. É também sabido que a capela de Nossa Senhora da Esperança, que deu o nome a Ermida, já existia em 1594, como consta no "Livro das Visitações da Várzea dos Cavaleiros"; a ela também se refere, em 1674, o padre Pedro Álvares, na redação do seu testamento. O Infante D. Pedro, como Grão-Prior do Crato, concedeu por Alvará de 3 de Setembro de 1762, a graça de terem um capelão na povoação de Ermida, atendendo a um pedido dos moradores desta povoação e de todas as outras da freguesia de Várzea dos Cavaleiros, que alegavam que Ermida se encontrava a grande distância da Igreja Paroquial tendo que passar meninos, mulheres e velhos por caminhos ásperos para lá chegarem. Esse capelão serviria de coadjutor ao pároco da igreja de Várzea, com a obrigação de aplicar as missas dos Domingos e dias santos por ele, o Grão-Prior; porém, a capela criada em 1762, tornara-se demasiado pequena para comportar todos os fregueses, pelo que o mesmo Grão-Prior criou a freguesia e paróquia de Ermida em 1793. As romarias ali realizadas nos dias da Senhora da Natividade e de Nossa Senhora da Assunção, foram muito importantes nos séculos XVI e XVII e ainda em 1768, era grande a afluência do povo. Como era costume naquela época, também a capela de Nossa Senhora da Assunção sofreu em grande escala os lastimáveis abusos dos romeiros, que tinham por costume dormir, comer e beber dentro dela. Por esse motivo, o Visitador do Grão-Priorado do Crato havia proibido, já em 1594, sob pena de excomunhão e multa de 5 arrobas de cera, que esse costume nada cristão continuasse, ordenando que, na porta principal das capelas fosse aberto um postigo, de modo a poder-se ver a imagem a venerar, sem necessidade de abrir o templo de noite ou mesmo a qualquer hora do dia. Julga-se que depois de edificada Ermida, continuou a haver capelão com o cargo de coadjutor, como consta de documentos respeitantes aos anos de 1800 e 1823.

A Estação de Arte Rupestre da Fechadura integra o património arqueológico e atesta a antiguidade da localidade de Figueiredo. Trata-se de um sítio arqueológico balizado no período do Calcolítico e da Idade do Ferro, onde se encontram inscrições rupestres. Figueiredo foi uma abadia da apresentação do Grão-Prior do Crato, criada por carta de D. João VI de 3 de agosto de 1819, começando a funcionar a paróquia a 12 de junho de 1826. A demarcação das terras que deviam pertencer à freguesia originou várias disputas e reclamações dos povos por não se ter cumprido devidamente a carta Régia. Só em 1828 foi reposta a legalidade.

  • Personagens históricas e ilustres:

O Infante D. Pedro: Foi ele que fundou a Freguesia de Ermida em 1793; D. João VI: Foi ele que fundou a Freguesia de Figueiredo a 3 de agosto de 1819; António Fernandes Cardoso: Era natural do Concelho de Proença-a-Nova, e foi o primeiro pároco da Freguesia de Ermida, desde 21 de Setembro de 1793; Libânio Lopes de Almeida (Barbeiro das Relvas): Nasceu em 07 de Fevereiro de 1892, na povoação de Relvas. Barbeiro e curandeiro, dedicou-se de alma e coração, a socorrer os doentes que o procuravam para que lhes aliviasse os sofrimentos, tornando-se tão famosas as suas curas que até de fora do concelho, a sua presença era reclamada.

  • Património cultural e edificado:

Estação de Arte Rupestre da Fechadura e Estação de Arte Rupestre da Lajeira, que atestam a fixação humana na região em épocas imemoriais, a Igreja Matriz da Ermida (Ireja de N. Sra. da Esperança) e a Igreja Matriz do Figueiredo (Igreja de São João Baptista), a capela de N. Sra. da Conceição (Ribeiro), a capela de N. Sra. de Fátima (Sipote), a capela de N. Sra. da Guia (Dona Maria), a capela de S. Domingos (Relvas), a capela de S. Marcos (Castanheiras), a ponte filipina, as alminhas, o cruzeiro, o monumento ao Cristo Rei e algumas casas brasonadas.

  • Locais de grande interesse turístico:

Para além dos já mencionados como património cultural, a zona de lazer da Ermida (praia fluvial do Malhadal), a zona de lazer da Santinha, o Picoto Rainho e os vários parques eólicos.

  • Artesanato típico:

No artesanato local destacam-se os pequenos bordaos à mão e o croché.

  • Principais atividades economicas:

Agricultura, silvicultura, construção civil e as atividades derivadas da exploração de madeiras e da floresta.

História:

IPSS's/Associaçõs:

 

A Associação Cultural e Social da Freguesia do Figueiredo foi fundada a 3 de maio de 1995. É uma instituição sem fins lucrativos que dinamiza várias atividades recreativas, culturais e sociais ao longo do ano, a fim de promover o convívio e obem estar dos seus associados e demais populares da região. Além disso, esta associação conta ainda com Serviço de Apoio Domiciliário, que funciona todos os dias do ano, com os seguintes préstimos:

  1. Confeção e entregas das refeições;

  2. Higiene Habitacional;

  3. Tratamento de roupa;

  4. Cuidados de higiene pessoal;

  5. Cuidados de imagem pessoal;

  6. Assistência medicamentosa;

  7. Marcação de consulta e acompanhamento ao médico de família;

  8. Apoio, e aquisição de bens e serviço.

Tel. 274 685 099;                         E-mail: figueiredo.assoc@sapo.pt;                               Redes sociais: Facebook;                             Website: acsffigueiredo.wixsite.com/acsff